2020: o ano que a fé deu mais crença a ciência
Estamos vivendo no Brasil a subida da onda que nos levará ao pico da pandemia do coronavírus (covid-19), hoje, 12 de Abril, são 1.223 mortes confirmadas pela doença. A pandemia que parou o mundo segue e a humanidade luta contra o grande mal que assola o planeta, além de vidas os prejuízos econômicos para milhares de pessoas são enormes, por mais que tentem mensurar, talvez nunca saberemos os números reais da pandemia de 2020. O vírus em plena semana santa deixou Roma completamente vazia, o Umra, que é a peregrinação que acontece em Meca, na Arábia Saudita, é o principal encontro dos muçulmanos e também foi suspensa por causa do coronovírus, templos budistas e evangélicos se esvaziaram, templos religiosos indianos, Sinagogas, terreiros de candomblé e umbanda, centros kardecistas, todos em pausa diante do perigo do vírus que pode ser fatal.
A humanidade não perdeu a fé, mesmo perplexa e assustada compartilhou mensagens de fé e esperança, promoveram ações solidárias, mas, a fé se rendeu a ciência e depositou grande parte de sua crença na cura urgente da doença nos profissionais de saúde e da ciência. Será que na hora do vamos ver o que realmente vale é o físico e não a metafísica? A religião não consegue intervir e césar um grande mal que assombra a humanidade? Ou o papel da religião não é o de alterar ou interceder no mundo físico? Entender que a religião e a fé existem para que nós, possamos compreender os enigmas de nossa existência seria o melhor entendimento entre o homem e o sagrado?
Para nós que somos povo de Candomblé, a nossa cosmovisão, nunca foi mudar o que não pode ser mudado porque simplesmente existe. O que entendemos como magia, já é a própria vida, e o que buscamos é o equilíbrio, a força, o discernimento, a compreensão, preservação e sobretudo lidar com todas as adversidades que a vida nos expõe. Rogamos pelo nosso sagrado para que o mal não entre em nossa casa, mas praticamos todas as orientações dos profissionais de saúde e da ciência, porque se existem tais profissionais é porque o nosso sagrado os criou.
Um vírus que não podemos enxergar a olhos nus, está fazendo milhões de pessoas, religiosas ou não mudarem suas rotinas diante de uma ameaça que ninguém mortal no mundo ainda consegue conter.
2020, deu uma grande lição para todas as comunidades religiosas, principalmente as ditas mais numerosas. Os ditos milagres que acontecem rotineiramente em centenas de templos evangélicos pelo mundo pararam de acontecer, talvez porque o vírus também faça parte da vida, e precisamos de um tempo para entender e combate-lo.
A lição que fica é que somos uma das espécies que coexistem na Terra e que a nossa fragilidade é bem maior do que pensamos. A nossa fé cotidiana irá continuar, a busca por compreender o mundo também. Aceitar que o início (Exú) e o fim (Oxalá) não param de acontecer, que o agora é o maior milagre da vida, cultuar o ontem (Ancestrais) e fazer melhor hoje para que a escuridão do amanhã não nos pese muito.
Axé
Marcos de Ode (Ode Kobayò)
Foto: UOL
A humanidade não perdeu a fé, mesmo perplexa e assustada compartilhou mensagens de fé e esperança, promoveram ações solidárias, mas, a fé se rendeu a ciência e depositou grande parte de sua crença na cura urgente da doença nos profissionais de saúde e da ciência. Será que na hora do vamos ver o que realmente vale é o físico e não a metafísica? A religião não consegue intervir e césar um grande mal que assombra a humanidade? Ou o papel da religião não é o de alterar ou interceder no mundo físico? Entender que a religião e a fé existem para que nós, possamos compreender os enigmas de nossa existência seria o melhor entendimento entre o homem e o sagrado?
Para nós que somos povo de Candomblé, a nossa cosmovisão, nunca foi mudar o que não pode ser mudado porque simplesmente existe. O que entendemos como magia, já é a própria vida, e o que buscamos é o equilíbrio, a força, o discernimento, a compreensão, preservação e sobretudo lidar com todas as adversidades que a vida nos expõe. Rogamos pelo nosso sagrado para que o mal não entre em nossa casa, mas praticamos todas as orientações dos profissionais de saúde e da ciência, porque se existem tais profissionais é porque o nosso sagrado os criou.
Um vírus que não podemos enxergar a olhos nus, está fazendo milhões de pessoas, religiosas ou não mudarem suas rotinas diante de uma ameaça que ninguém mortal no mundo ainda consegue conter.
2020, deu uma grande lição para todas as comunidades religiosas, principalmente as ditas mais numerosas. Os ditos milagres que acontecem rotineiramente em centenas de templos evangélicos pelo mundo pararam de acontecer, talvez porque o vírus também faça parte da vida, e precisamos de um tempo para entender e combate-lo.
A lição que fica é que somos uma das espécies que coexistem na Terra e que a nossa fragilidade é bem maior do que pensamos. A nossa fé cotidiana irá continuar, a busca por compreender o mundo também. Aceitar que o início (Exú) e o fim (Oxalá) não param de acontecer, que o agora é o maior milagre da vida, cultuar o ontem (Ancestrais) e fazer melhor hoje para que a escuridão do amanhã não nos pese muito.
Axé
Marcos de Ode (Ode Kobayò)
Foto: UOL
Muito bom, sou suspeita em falar.
ResponderExcluirConheço Babá Marcos Kobaió a muitos anos e sei da sua seriedade,como homem e Sacerdote!
Meus respeitos,sempre!