Ikú: Orixá que recebeu de Olodumare a incumbência de renovar a vida

Olodumare disse para Ikú que a renovação do ciclo da vida é feita quando os humanos morrem, foi assim que Olodumare designou Ikú para retirar o sopro da vida (Emi) dos que já tenham cumprido sua missão e serão encaminhados novamente ao Orum (Céu, Astral).

O ciclo da vida no Ayê é nascimento, vida e morte, a morte é o fim desse ciclo para o recomeço da vida, então todos deveriam aceitar o fim como um encerramento natural de uma jornada na Terra. Mas, aceitar o fim confronta com o mecanismo de defesa que os seres vivos possuem, que é para a preservação da vida, e o desprendimento não acontece com naturalidade, ainda bem, pois a vida não seria como é se fosse diferente, por isso, mesmo sabendo que a morte é inevitável, e que Ikú vai encontrar com todos sem exceção cedo ou tarde compreendemos porque Ikú é tão temido. A tarefa de Ikú é importantíssima e bela, mas pela não aceitação da morte ele só é lembrado nos rituais de Axexê e no culto a Egungun. O Orisá senhor da ancestralidade não tem assentamento ritualístico.

Ikú não é iniciado, mas pode ser apaziguado. Ikú tem ligação com Nanã, Omulu, Oya, Egun, Iyami e Ogum. Ninguém pode enganar Ikú, mas pode respeita-lo e apazigua-lo.

Axé

Marcos de Ode (Ode Kobayò)

Foto meramente ilustrativa

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