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Um dos modelos de Igbá-Orí tradicional yorùbá |
Bori "feitura" é um assunto que ainda hoje circula por aí infelizmente, por mais que inúmeras pessoas já tenham esclarecido que a obrigação de Bori não faz a pessoa ser iniciada no Orixá ainda existem muitas confusões. É preciso que fique claro que qualquer ser humano pode fazer essa obrigação que é exclusivamente para Ori. Ori é uma divindade cultuada pelos Iorubanos, principalmente a nossa consciência, e nosso intelecto que são Ori Odê e Ori Inú, são alimentados nessa obrigação, que a tradução quer dizer: Bo = Alimentar + Ori = Cabeça (Alimentar a cabeça), mesmo essa obrigação sendo muito importante para todo ser humano, não significa que após ter feito o Bori se firma algum compromisso iniciático no Candomblé, independente como foi feito o Bori e quantos Boris a pessoa tomou. O termo "bori feitura" erroneamente é dito em muitos casos para diferenciar um Bori "comum" de um Bori mais "forte", quase uma "feitura", a justificativa quase sempre é que nesse dito Bori tenha tido mais elementos na obrigação, como animais, comidas, frutas etc.
Mesmo que a pessoa tenha assentado um Orixá no Bori, que é raro, mas existe essa necessidade, isso não faz com que ele seja iniciada no Candomblé. A condição da pessoa que tomou Bori e assentou Orixá é de Abiã. Somente após a iniciação (feitura de santo, raspar a cabeça...) é que é chamada de Yawô, no caso da nação Ketu.
Axé
Marcos de Ode (Ode Kobayò)
Foto: internet
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Modúpé pela sua participação. Olorum Agbo Ato. Que Oxalá lhe de boa sorte.