Precisamos sentir mais Orixá

Para sentir Orixá tem que estar de coração aberto, tem que observar detalhes simples como um relâmpago, um vento no rosto, uma folha caindo no chão, um pássaro se aproximando, ou um sinal que pode acontecer a qualquer momento. Viver Orixá é ter convicção de que eles são presentes em tudo e em cada partícula do nosso Ara (corpo), Orixá não está longe, mas para senti-lo temos que nos libertar do egoísmo, da vaidade e da arrogância. Não basta conhecer e não sentir, eu sempre gostei mais do Candomblé nos momentos dos Orôs, de um Bori, da preparação de um Ebó e quase tudo que envolve os afazeres internos da Casa de Santo, acho que é porque são momentos mais íntimos e a minha sintonia com o Orixá não tem muita interferências. Sentir o coração bater mais rápido quando a Avamunha começa porque sei que logo estarei novamente tomado ou ainda mais próximo de um Orixá. Sentir alegria quando ouvir um Ilà e se sentir seguro quando abraçar um Orixá.

Iniciados ou não podemos sentir literalmente na pele a presença de Orixá quando um vento entrar porta a dentro, para isso, precisamos respirar Orixá, comer com Orixá, dormir com Orixá e acordar com Orixá, e não será fanatismo, é muito diferente, isso tudo acontece em silêncio, apenas você e o Orixá. Precisamos sentir mais Orixá, e somente cada um de nós podemos tornar isso possível.

Axé

Marcos de Ode (Ode Kobayò)

Foto: internet

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