Ser humilde no Candomblé

Todo ser humano que está equilibrado e vivo, no sentido pleno da palavra vida, está em busca de coisas que possam lhe proporcionar algum benéfico, existem momentos, ou até uma vida inteira que algumas pessoas não conseguem enxergar o que é bom, mesmo que esteja muito próximo a elas, ou até dentro delas. Ter o conhecimento para perceber um diamante bruto no chão é uma questão de experiência, mas também de não subestimar, olhar e ouvir tudo sem preconceitos, sem vaidade e preenchido de sabedoria. Da lama nos viemos, as pérolas estão dentro das ostras que não possuem aspectos tão bonitos, o ouro está debaixo da terra, quantas vezes não estamos diante de pessoas que podem enriquecer muito nossas vidas com conhecimentos preciosos e não conseguimos perceber tal riqueza e nem temos o encantamento para cativa-las? Cultuar Ori (cabeça), energizar nosso Ara (corpo) com Axé, dominar o ego, o preconceito, ser vigilante com a nossa vaidade pode nos ajudar a encontrar um balaio cheio de coisas boas todos os dias. Ser de Candomblé é ser humilde, essa humildade não é subserviência ela é estar aberto para que coisas boas entrem nas nossas vidas.

Axé

Marcos de Ode (Ode Kòbáyo)

Foto: Mãe Menininha do Gantois (Acervo Gantois)

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