Ọ̀ṣàálá e o Àpò da Existência
Quando Olódùmarè confiou a Ọ̀ṣàálá a missão de moldar a Terra, entregou-lhe apenas um saco — o Àpò da Existência. Dentro dele, havia terra, uma galinha de cinco dedos, sementes de tètè e um camaleão. Nada mais.
Ainda assim, com tão pouco, Ọ̀ṣàálá criou o muito. Com simplicidade e sabedoria, lançou a base do mundo.
Essa história nos ensina que o sagrado não está no excesso, mas no essencial. No Candomblé, aprendemos que tudo que é exagerado perde a força do Àṣẹ. A criação nasce do que é necessário, nunca do que é supérfluo.
O necessário é fértil. O pouco, quando verdadeiro, gera tudo o que precisamos. O primário é matriz — dele surgem os elementos que sustentam a vida.
O Àiyé foi criado com propósito. Que nossas escolhas também sejam.
Que cada passo seja como o do Agemọ̀ — firme, silencioso e certo.
Marcos de Ode
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Modúpé pela sua participação. Olorum Agbo Ato. Que Oxalá lhe de boa sorte.